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sexta-feira, 22 de julho de 2005

Professora acusada de fazer sexo com aluno de 14 anos

Por Joana Ferreira da Costa, no Público
Defesa diz que pô-la numa prisão é "o mesmo que colocar um pedaço de carne fresca numa jaula de leões"

Debra Lafave, 24 anos. Cabelos louros, olhos claros e cara de anjo. Demasiado bonita para acabar na prisão. É esta a tese do seu advogado, para evitar que a professora passe os próximos 30 anos numa cadeia: "Seria o mesmo que colocar um pedaço de carne fresca numa jaula de leões"...
O argumento não deve ser suficiente para livrar a cliente de uma pena pesada: a angelical Debra é acusada de ter seduzido um aluno de 14 anos no liceu de Tampa, Florida, EUA, onde é professora. E de ter praticado sexo com ele na sala de aula, em sua casa e no banco de trás do carro, enquanto um primo do rapaz conduzia.
A professora foi detida a 28 de Junho na sequência de uma investigação policial motivada pelas denúncias da mãe do aluno, a quem este confessou o seu relacionamento com ela. A jovem enfrenta agora duas acusações: a de agressão sexual e atentado ao pudor; cada uma pode valer-lhe quinze anos de cadeia.
Debra não nega o seu comportamento e justifica-o com insanidade motivada pelo stress de um casamento falhado ao fim de um ano e de um emprego pouco estimulante. Foi por isso que não conseguiu discernir o certo do errado quando se envolveu com o aluno, com quem admite ter tido relações sexuais várias vezes. "Que professor, no seu perfeito juizo, faria isto", sustenta o advogado de defesa, John Fitzgibbons.
Numa audiência preliminar, o juiz designou dois peritos em saúde mental para avaliar o estado de Lafave, cujo julgamento está marcado para o início de Dezembro. O Ministério Público diz que o psicólogo do Estado já avaliou a professora e determinou que ela não sofre de insanidade; o perito escolhido pela defesa concluiu exactamente o contrário.
A professora recusou um acordo extrajudicial, alegando que o estado da Florida exigia uma pena de cadeia demasiado pesada, mas não adiantou qual seria o período de prisão em cima da mesa. Para a defesa não há dúvidas: "Colocar uma jovem tão atractiva nesse tipo de inferno é o mesmo que colocar um pedaço de carne fresca numa jaula de leões. Não sei se ela sobreviveria."
O aluno e o seu primo confirmaram às autoridades o relacionamento e os locais dos encontros sexuais. O rapaz justificou as investidas da professora com um casamento em crise e com a excitação de uma relação proibida.

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